Em 2016, a Embraer participou do Salão Internacional de Farnborough, tradicional evento mundial do setor aeroespacial, realizado em Londres. Pela primeira vez, a companhia teve cada uma de suas três unidades de negócio apresentando um novo produto: o jato comercial de última geração E190-E2 (ver Aviação Comercial), o cargueiro militar multimissão KC-390 (ver Defesa & Segurança) e o jato executivo Legacy 500 (ver Aviação Executiva). Esses produtos evidenciam o compromisso com a inovação e tecnologia de ponta, assim como com a atualização contínua do portfólio.
Na Pesquisa de Satisfação do Cliente da Aviação Comercial – Customer Satisfaction Survey (CSS) –, o índice de Satisfação Geral Espontâneo (ISGE) atingiu 84,9% e o Índice de Favorabilidade Absoluto – Embraer Absolute Favorability (EAF) –, 83%, mantendo a tendência de melhoria nos últimos sete anos e posicionando a companhia em segundo lugar entre todos os fabricantes do setor. Todos os tópicos da pesquisa apresentaram em 2016 um aumento no indicador da favorabilidade absoluta. Esses resultados refletem o comprometimento em servir com excelência aos clientes. Nesse sentido e como parte de novo direcionamento estratégico, a partir de 2017, a companhia passará a operar uma unidade de negócios com foco em serviços e suporte ao cliente (ver mais informações sobre os resultados da pesquisa de satisfação do cliente em Indicadores GRI). G4-DMA Rotulagem de produtos e serviços, G4-PR5
A Embraer Aviação Comercial é líder mundial na fabricação de jatos com até 130 assentos. Em 2016, a companhia comemorou o voo inaugural do primeiro protótipo do E190-E2 e a conclusão de sua primeira missão internacional, o que marcou o início da campanha de certificação. A entrega das primeiras aeronaves está prevista para 2018. Também estão em curso as campanhas dos modelos E195-E2 e E175-E2, cujas entradas em serviço estão programadas para 2019 e 2021, respectivamente.
Os jatos da segunda geração de E-Jets apresentam motores de alto desempenho que – em conjunto com novas asas, controles de voo fly-by-wire e avanços em outros sistemas – resultam em reduções significativas no consumo de combustível, nos custos de manutenção, nas emissões de gases e no ruído externo. Desde o lançamento, o produto conquistou 275 pedidos firmes e 415 opções, direitos de compra e cartas de intenção. G4-EN7
Apesar da previsão de novos produtos nos próximos anos, o desempenho nas vendas da primeira geração de E-Jets, sobretudo dos modelos E175 e E190, manteve-se em linha com os exercícios anteriores. Isso reflete a preferência por essas aeronaves entre os clientes e a acertada decisão em oferecer, em uma mesma família, aviões entre 70 e 130 assentos.
A unidade de negócio conquistou expressiva participação na América do Norte devido ao ciclo de substituição da frota de 50 assentos. No outro lado do globo, a China sinaliza oportunidades em razão de novo requisito emitido pela Civil Aviation Administration of China (CAAC). O maior país da Ásia Oriental se mantém estratégico para a Embraer, pois é responsável por 80% da quota de mercado da frota de jatos abaixo de 130 assentos da região. A África também apresenta um mercado potencial não só entre as grandes companhias aéreas, mas também com operadores menores que estão migrando para os E-Jets.
Em 2016, foram iniciadas as operações da Embraer Aero Seating Technologies (EAST) em Titusville, na Flórida (EUA), para a fabricação de assentos de aeronaves comerciais e executivas, incluindo os da primeira classe dos E2. Trata-se de um importante passo na estratégia de verticalização da companhia. Os produtos dessa nova unidade são caracterizados por qualidade, ergonomia e uso de materiais leves.
- Manutenção e reparo de aeronaves
- Revitalização de aeronaves
- Estoques locais (On-Site Stocks – OSS)
- Suporte de campo
- Suporte técnico
- Operações de voo
- Treinamento
- eSolutions
Saiba mais em
www.embraercommercialaviation.com/pt-br
Em 2016, pouco depois de completar 10 anos de atuação, a Embraer Aviação Executiva comemorou a entrega do milésimo jato, um Legacy 500. O modelo também foi aprovado para operar no aeroporto London City (Londres), um dos locais de aterrissagens mais restritos do mundo.
O ano foi marcado ainda por investimentos em aprimoramentos do Phenom 100 e do Phenom 300 (o mais vendido do mundo pelo quarto ano consecutivo) e dos Legacys 450, 500 e 650E. A companhia iniciou também a campanha de ensaio em voo do Phenom 100EV (nova geração do Phenom 100) que foi apresentado no principal evento internacional de aviação executiva, a feira da National Business Aviation Association (NBAA), em Orlando (Flórida). O lançamento conta com sistema aviônico atualizado e motores mais potentes e com desempenho superior em condições de alta temperatura e elevada altitude. A estimativa é de que o jato chegue ao mercado no primeiro semestre de 2017.
A fim de seguir com a internacionalização do segmento e aproximar-se dos clientes, a Embraer transferiu parte da montagem final dos jatos Legacy 450 e 500 para Melbourne (Flórida), nos Estados Unidos da América (EUA), onde já são produzidos os modelos Phenom 100 e Phenom 300. G4-13
No exercício, também foram abertos canais de venda com representantes no México, no Chile, no Japão e na Europa. Além de ampliar a presença da Embraer no mundo, a iniciativa visa a desenvolver uma marca global, que entende a cultura e as singularidades dos compradores nos países em que os relacionamentos são estabelecidos.
Em 2016, a Embraer entregou dois Phenom 100E para a Etihad Flight College, uma subsidiária integral da Etihad Airways, companhia aérea nacional dos Emirados Árabes Unidos. O contrato prevê a entrega de mais dois jatos do mesmo modelo no início de 2017. Os aviões serão usados na academia de treinamento de pilotos, criada para apoiar o rápido crescimento da frota da companhia aérea.
O Phenom 100E também será utilizado no treinamento dos pilotos das forças armadas do Reino Unido. O contrato assinado com a Affinity Flight Training Services prevê a aquisição de cinco aeronaves para o programa Military Flight Training System (MFTS), do Ministério da Defesa do Reino Unido. O modelo já é utilizado em escolas de voo nos EUA, na Finlândia e na Austrália.
- Manutenção e reparo de aeronaves (Embraer Executive Care – EEC)
- Revitalização de aeronaves
- Estoques locais (On-Site Stocks – OSS)
- Softwares de desempenho
- Separação Vertical Mínima
Reduzida (RVSM)
- Solução integrada de diagnóstico avançado da saúde da aeronave (Aircraft Health Analysis and Dianosis – AHEAD)
Saiba mais em
pt.embraerexecutivejets.com
A Embraer Defesa & Segurança mantém papel estratégico no sistema de defesa brasileiro e é líder do segmento na América Latina. Além disso, está presente em mais de 60 países. O turboélice A-29 Super Tucano, por exemplo, foi o modelo mais comercializado pela unidade de negócio no ano e já atende a 13 forças aéreas em missões de apoio tático, operações de contrainsurgência, treinamentos avançados e vigilância.
A participação no mercado global será intensificada nos próximos anos com o lançamento do KC-390, aeronave multimissão que estabelece novos padrões na categoria. Além de apresentar mais desempenho e eficiência (com propulsão a jato e custos de operação reduzidos), o novo cargueiro é capaz de desempenhar missões diversas, como transporte e lançamento de tropas e cargas, ajuda humanitária, reabastecimento em voo, resgate e combate a incêndios florestais. Em 2016, o avião concluiu testes importantes na campanha de ensaios em voo e realizou turnê por oito países, percorrendo mais de 16.300 milhas náuticas (cerca de 30.200 quilômetros) e, em 23 dias fora da base, apresentou disponibilidade de 100%. A Embraer espera receber a declaração da Capacidade Operacional Inicial (IOC, do inglês Initial Operational Capability) no fim de 2017 e a certificação da Capacidade Operacional Final (FOC, do inglês Final Operational Clearance) em 2018. As primeiras entregas ocorrerão também em 2018.
Nos últimos anos, a Defesa & Segurança investiu continuamente na diversificação de portfólio com produtos para o controle do tráfego aéreo e radares que operam sob as mais desafiadoras condições de clima e topografia, além de sistemas integrados de proteção de fronteiras. No exercício, iniciou-se o processo de consolidação das operações da Savis Tecnologias e Sistemas S.A. e da Bradar Indústria S.A. As empresas atuam no desenvolvimento e produção de radares, assim como no monitoramento de fronteiras para sensoriamento remoto. Ambas compõem o Consórcio Tepro, responsável pela implantação do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) no Brasil. O Sisfron compreende uma faixa de fronteira de 800 km no estado de Mato Grosso do Sul; em 2016, 70% do projeto havia sido executado.
A Visiona Tecnologia Espacial é uma joint venture formada entre a Embraer e a Telebras com o objetivo de atuar na integração do sistema do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) do governo brasileiro. Com previsão para lançamento no primeiro semestre de 2017, na Guiana Francesa, o SGDC visa a atender às necessidades de comunicação satelital do país, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e um amplo espectro de comunicações estratégicas de defesa.
No ano, foi inaugurado o Centro de Projetos e Desenvolvimento do caça Gripen (Gripen Design Development Network – GDDN), em Gavião Peixoto (SP), dedicado ao desenvolvimento do Gripen NG no Brasil em parceria com a empresa sueca SAAB. A Embraer Defesa & Segurança e a SAAB farão o desenvolvimento completo da versão biposto do caça. Entre 2019 e 2024, 36 caças Gripen NG serão entregues à Força Aérea Brasileira (FAB). G4-13
Para os próximos anos, a unidade manterá os investimentos nesses projetos em busca de crescimento em número de vendas e da base de clientes, avanço nos resultados financeiros, diversificação de portifólio e ampliação de presença internacional.
Em 2016, o Rio de Janeiro (RJ) sediou os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, e cerca de 2,5 milhões de pessoas passaram pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim. As empresas da Embraer Defesa & Segurança – Atech, Visiona Tecnologia Espacial, Savis e Bradar – atuaram em parceria com o governo brasileiro e contribuíram para os índices de conformidade de segurança acima da média, mensurados pelo Ministério dos Transportes.
A Atech – que incorporou as atividades da Embraer Sistemas em 2016 – ofereceu as tecnologias Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA), que faz o planejamento do uso do espaço aéreo, e o Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional (SAGITARIO), que facilita o gerenciamento corrente do espaço aéreo, previamente planejado pelo SIGMA.
A Visiona, em parceria com outras cinco empresas, realizou projeto piloto de monitoramento por meio da captura de imagens de alta e altíssima resoluções, mesmo sob condições climáticas adversas.
Em Brasília (DF), durante as partidas de futebol realizadas na cidade, com apoio da Savis e da Bradar, o exército contou com uma rede de banda larga móvel 4G/LTE (700MHz) com conexão mais confiável e sem oscilações e interferências. A empresa também disponibilizou, no Rio de Janeiro (RJ), o Sensor de Acompanhamento de Alvos Aéreos Baseado na Emissão de Radiofrequência (SABER M60), que auxiliou o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA) na proteção as instalações governamentais e esportivas dos Jogos.
- Manutenção e reparo de aeronaves
- Modernização de aeronaves
- Veículos aéreos não tripulados (Vant)
- Suporte ao treinamento e à operação (Toss)
- Sistemas de segurança/C4I (comando, controle, comunicação, computação
e inteligência)
- Sistemas de controle de tráfego aéreo
- Sensoriamento remoto
- Radares de vigilância aérea
- Satélites
- Desenvolvimento e integração de sistemas complexos para setores além dos de aviação e defesa
Saiba mais em
www.embraerds.com
A aeronave Ipanema, da Embraer, é líder no mercado brasileiro de aviação agrícola, com 75% de participação e mais de 1.300 unidades comercializadas. O produto é fabricado há 50 anos ininterruptamente, com foco nas tendências do mercado e necessidades dos clientes.
Trata-se do primeiro avião certificado a voar movido 100% a etanol do mundo.
Saiba mais em www.embraeragricola.com.br
Manter-se na vanguarda tecnológica é condição fundamental para a Embraer, que pauta sua estratégia no aprendizado contínuo e na capacidade de inovar.
As unidades fabris contam com áreas de engenharia e desenvolvimento de produto – a maior delas, em São José dos Campos (SP), concentra mais de 4 mil profissionais nessas atividades, 240 dos quais em P&D pré-competitivo. Além disso, a companhia mantém três centros de engenharia e tecnologia: no Brasil, em Belo Horizonte (MG), nos EUA, em Melbourne (Flórida), e em Portugal, no Distrito de Évora.
A Embraer protege a propriedade intelectual gerada pelos seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento. No exercício, considerando os portfólios de patentes de invenção e de desenho industrial, somaram-se 609 pedidos de patente depositados e 314 patentes concedidas.
A companhia também destina recursos para inovação por meio do Fundo de Investimento em Participação (FIP) Aeroespacial, criado em 2014 com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a agência de fomento paulista Desenvolve SP. Em 2016, foram mantidos investimentos em cinco empresas dos setores espacial, de defesa e segurança cibernética, para as quais foram destinados R$ 44,27 milhões.
A inovação incremental, além de ocorrer com vigor dentro do P3E (ver Compromisso com a excelência), é estimulada entre os empregados pelos programas Boa Ideia e Innova. O Boa Ideia é um programa de sugestões para o desenvolvimento de atividades rotineiras com mais eficiência. Em sua história contou com a participação de mais 13.000 pessoas e, em 2016, reconheceu 11.650 iniciativas implantadas.
O Programa Innova estimula a cultura de inovação e disponibiliza espaços para a consolidação de ideias. A principal iniciativa atualmente é o Green Light, que traz a atmosfera das startups para dentro da companhia ao oferecer aporte financeiro e liberação de até 100% do tempo de trabalho para que os empregados desenvolvam seus projetos. Neste ano, foram contemplados 28 projetos com a liberação de recursos para 76 pessoas. No exercício, o Innova passou também por uma revisão e a partir de 2017, o programa assume adicionalmente o papel de catalisar tecnologias exponenciais e identificar oportunidades disruptivas para o negócio. Para isso, a companhia iniciará imersão nos polos de inovação do Vale do Silício e de Boston, nos EUA.
Além dessas iniciativas, os empregados também se reúnem anualmente no Seminário Embraer de Tecnologia e Inovação (SETI), congresso com apresentação dos principais avanços tecnológicos em desenvolvimento e que podem ser fortalecidos a partir da integração entre as diversas áreas da companhia.
Com relação à sustentabilidade do produto, o projeto Desenvolvimento Integrado do Produto Ambientalmente Sustentável (DIPAS), conduzido pela área de Engenharia, lidera estudos e ações para inserir estratégias de Design for Environment (DfE) na companhia. Por meio da iniciativa, é realizada a gestão do uso de materiais restritos pelas legislações ambientais atuais e futuras, o desenvolvimento de alternativas tecnológicas a esses materiais e estudos relacionados ao ciclo de vida do produto. Além disso, há forte interação com as áreas responsáveis pela criação de tecnologias voltadas à redução de consumo de combustível, de emissões de gás carbônico (CO2), de ruídos e de custo de manutenção, além do aumento da eficiência operacional e do conforto de pilotos e passageiros. Como a operação da aeronave é a etapa mais longa do seu ciclo de vida, superior a 15 anos de atividade, reduzir o consumo de combustível e, consequentemente, de energia, gera impacto direto no desempenho ambiental do produto. Além disso, os gastos com combustível representam a principal despesa na operação de uma aeronave, motivo pelo qual os fabricantes buscam sempre opções de projeto que promovam a eficiência, atendendo, assim, tanto necessidades ambientais quanto de mercado. G4-DMA Produtos e serviços, G4-EN7, G4-EN27
Em 2016, a Embraer e a Boeing realizaram testes em uma aeronave E170, que recebeu uma série de tecnologias relacionadas à redução de impactos ambientais e que visam ao aumento de eficiência e desempenho das aeronaves, como sistema de lasers para aferição de dados do ar; pintura especial para diminuir o acúmulo de gelo e insetos; modificações aerodinâmicas para a redução de ruído na decolagem e na aproximação; e mistura de biocombustível, produzido no Brasil, com 10% de bioquerosene e 90% de querosene fóssil. A iniciativa faz parte de uma parceria entre essas empresas no contexto do programa ecoDemonstrador da Boeing – que une, de forma inédita, os esforços de duas das principais fabricantes de aeronaves do mundo em benefício do meio ambiente e da indústria aeroespacial.